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Cultura Maranhense

Bumba meu Boi

Festas Populares

Alcantara

Bumba-Meu-Boi

Num espetáculo de cores, danças e ritmos, o Bumba-Meu-Boi é a expressão máxima da cultura popular do Maranhão. Elevado a Patrimônio Imaterial do povo brasileiro, a manifestação tem origens indefinidas, mas elementos culturais africanos e europeus, introduzidos principalmente por meio da religiosidade, são evidentes. No Bumba-Meu-Boi do Maranhão a variedade de sotaques, ou ritmos, faz a diferença. São basicamente cinco:

Sotaque de Zabumba

Ritmo original do Bumba-meu-boi, marca a forte influência africana na manifestação. São utilizados instrumentos como pandeirinhos, maracás e tantãs, além das zabumbas. No vestuário destacam-se golas e saiotas bordadas e chapéus com fitas coloridas. Pertencem a esse grupo bois como o Boi Fé em Deus e Boi de Leonardo.

Sotaque de Orquestra

Ao incorporar outras influências, o Bumba-meu-boi ganha o acompanhamento de diversos instrumentos de sopro e cordas. O vestuário é bem elaborado e diferenciado dos demais ritmos. Dentre os mais conhecidos, estão Bois de Axixá, Boi de Sonhos e Boi de Nina Rodrigues.

Sotaque de Pindaré

Matracas e pandeiros pequenos dão o ritmo deste sotaque. E o personagem Cazumbá, uma mistura de homem e bicho é o destaque que diverte os brincantes e o público. Destacam-se os bois da Baixada, o Boi de Apolônio, Boi de Pindaré, Boi Unidos de Santa Fé.

Sotaque de Costa de Mão

Típico da região de Cururupu – Floresta dos Guarás – recebe este nome em virtude de uns pequenos pandeiros tocados com as costas das mãos. Além de roupa em veludo bordado, os brincantes usam chapéus em forma de cogumelo, com fitas coloridas e grinaldas de flores. O Boi de Cururupu é o mais tradicional.

Sotaque da Ilha ou de Matraca

Como são conhecidos os bois originários da ilha de São Luís e que utilizam como principais instrumentos as matracas e os chamados pandeirões. São os mais populares e queridos, formando verdadeiras nações, a exemplo dos bois de Maracanã, Maioba e Madre Deus.

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Comidas Típicas

Comidas Típicas

Açai na Tigela

Arroz de cuxá

Provavelmente o prato mais tradicional da culinária maranhense, o arroz de cuxá é feito com a vinagreira. Tradicionalmente servido como acompanhamento para frutos-do-mar, peixes fritos e ensopados, esse arroz demanda maestria em seu preparo, porque a vinagreira é uma erva ácida e amarga, o que dificulta seu preparo e exige um controle de proporções para que o arroz não fique com um gosto ruim. Mas quando bem feito, é uma experiência única para o seu paladar!

Peixada Maranhense

Parecida com uma moqueca, a peixada maranhense é um cozido bem temperado de peixe, normalmente feita de pescada, mas também pode ser feita com outros peixes parecidos. Seu diferencial é o ovo cozido que vai junto. Um prato único e típico da região, que vai bem até em dias de calor.

Carne de Sol

A carne de sol é um clássico da culinária nordestina como um todo, fazendo parte do dia-a-dia da região. No Maranhão não seria diferente e por isso existem várias preparações diferentes. Desde paçoca de carne de sol até grelhada com bastante manteiga de garrafa, o segredo da versão maranhense está nos acompanhamentos que, além de mandioca frita, farofa e queijo coalho, também pode acompanhar banana frita, bastante arroz e feijão com legumes.

Sururu ao Leite de Coco

O sururu é um molusco muito consumido no litoral do Nordeste. Extremamente saboroso, permite várias combinações e na culinária maranhense ele se junta ao leite de coco para virar um ensopado parecido com uma moqueca, muito apetitoso e bem temperado com sabores típicos da região como dendê, coentro e pimenta-de-cheiro.

Juçara

O juçara é o açaí do Maranhão. As frutas, que são da mesma família, são diferentes entre si, mas são consumidas de maneira semelhante. Apesar de ser consumida com granola e banana por algumas pessoas, a maneira preferida de consumo dos maranhenses é com camarão seco e farinha d’água, podendo ser consumida até com carne de sol.

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Lendas e Mistérios

Lendas e Mistérios

Açai na Tigela

Carruagem Encantada de Ana Jansen

Ana Joaquina Jansen Pereira, também conhecida como “Donana”, morou em São Luís no século 19. Ela era uma mulher a frente do seu tempo, foi uma comerciante riquíssima e casou-se duas vezes. A partir disso, Donana tomou as rédeas de sua vida e causou uma revolução no estado, conduzindo a maior produção de algodão e cana-de-açúcar do Império, além de possuir o maior número de escravizados da região. Além de seu poder, que causava inveja e repúdio em muitos, a mulher ficou conhecida pelo comportamento maléfico com que tratava seus funcionários e escravizados, açoitando e mutilando-os com crueldade. Segundo o mito, por suas ações em vida, a mulher teria sido condenada a passar a eternidade vagando pelas ruas de São Luís em uma carruagem assombrada. Durante as noites de sexta-feira, o veículo conduzido por um escravizado ensanguentado sem cabeça e puxado por cavalos decapitados, perambularia pelas ruas de São Luís sob o coro de lamentos de seus escravizados torturados.

Lenda da Serpente Encantada

Essa é uma das lendas mais conhecidas por aqui. A Serpente Encantada vive nas galerias subterrâneas de São Luís, e não para de crescer. Reza a lenda que um dia sua cabeça, que fica debaixo da Fonte do Ribeirão, encontrará o rabo, que está na igreja São Pantaleão, causando o afundamento da ilha. Se você nunca ouviu que quando chove e, São Luís alaga, é porque a Serpente Encantada está levando a cidade abaixo, você não sabe o que é medo.

Manguda

No final do século XIX, um fantasma assombrava a região onde fica a Praça Gonçalves Dias, no Centro de São Luís. Os que afirmaram já ter visto a assombração, contam que ela era muito branca e possuía uma estranha luz no lugar onde seria a cabeça. Mas você sabe o porquê da invenção dessa lenda?

Em São Luís, tinha um porto no Jenipapeiro, onde era um dos mais distantes e por isso ele era muito utilizado por comerciantes para contrabando. As visitas inoportunas de curiosos era constante. Por causa disso, os defraudadores se fantasiavam de fantasma com lençóis. Nesse momento surge a Lenda da Manguda, na qual seu objetivo era espantar os curiosos. A farsa foi descoberta depois, mas a lenda continuou circulando.

Praia de Olho D'Água

Você já banhou na Praia do Olho D'água? Se sim, então você mergulhou nas lágrimas da índia, filha de Itaporama. A moça apaixonou-se por um rapaz da tribo, que era muito bonito. Isso fez com que a Mãe D'água tivesse um crush por ele. O jovem índio acabou sendo seduzido e levado para o palácio encantado da entidade nas profundezas do mar. Sem o amor correspondido, a moça foi para a beira do mar e chorou até morrer, e de suas lágrimas, surgiram duas nascentes que correm até hoje para o mar.

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